Pouco falamos sobre essa forma de prazer e eu aproveito a proximidade do Dia do Orgasmo (31 de julho) para abordar esse tema de forma clínica além de abordar algumas sensações como aconchego, compreensão, profundidade e solidez que o orgasmo pode nos trazer.
O orgasmo, também chamado de clímax, é uma sensação de gratificação marcada por sentimento de repentino e intenso prazer decorrente de um estado fisiológico de excitação sexual. É seguido por um relaxamento das tensões sexuais e dos músculos do corpo.
A excitação produz a energia sexual que se espera finalizar no orgasmo, mesmo que este seja induzido pela masturbação. Por outro lado, se o orgasmo não acontece, poderá gerar sentimentos paradoxais como ansiedade, frustração ou negação.
No orgasmo as evidências fisiológicas são as contrações rítmicas do introito vaginal, da musculatura do períneo e contrações do útero. Todos os orgasmos se assemelham fisiologicamente, mas podem ser sentidos de formas diferentes. Para algumas mulheres é um murmúrio suave, para outras, um agitado turbilhão.
Se você busca mais do que sensações físicas, durante a relação sexual, procure:
- Não valorizar somente a relação voltada para os genitais
- Buscar a intimidade ao invés da sexualidade. Intimidade é a qualidade especial de relacionar-se com aconchego, compreensão, profundidade e solidez
Com a idade, as sensações ficam mais apuradas e com isso o ser humano pode ficar mais sensível e aberto às situações estimuladoras, sejam ou não ligadas a sexualidade. Mas é preciso valorizar a experiência e repertório adquirido no decorrer da existência para aproveitar novas situações e restrições da maturidade.
Fuja do sexo sem intimidade!
A expectativa do orgasmo pode comprometer a entrega, a excitação e até o prazer do aconchego. Deixar que “ele ” aconteça com espontaneidade, sem se importar com a intensidade ou duração, é a melhor postura. Talvez isso só aconteça quando atingimos um grau de maturidade que nos capacite a assumir essa postura.
A brincadeira, o jogo de sedução e conquista, o prazer de ver o outro, de nos mostrar e de prolongar a gostosa ansiedade da excitação sexual precisam fazer parte da rotina dos casais. É saudável! Fuja do sexo sem intimidade e com rapidez.
Psicóloga clínica e hipnoterapeuta especialista em terapia cognitivo comportamental e psicoterapia sexual. Especializada em medicina comportamental, orientadora sexual, psicoterapeuta de casais, professora convidada em cursos de especialização, presidente do CEPCoS, membro associado da SBRASH, membro associado da ABPMC, sexóloga do Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Palestrante em cursos de aperfeiçoamento e especialização, workshops, congressos e jornadas. Acompanhamento de profissionais em início de carreira. CONTATO: vmbressani@gmail.com