O medo é um sentimento natural e até saudável porque nos protege do perigo. Porém, quando o medo foge dos padrões da normalidade, levando a pessoa ao estado de paralisia e extremo sofrimento, pode ser sinal de algo mais grave. Pode ser fobia.
O psicólogo e best seller americano, Daniel Goleman, descreve em seu livro “Inteligência Emocional – A Teoria Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente” as sensações que o medo causa no corpo humano: “O sangue corre para os músculos das pernas facilitando a fuga; o rosto fica lívido, já que o sangue é subtraído. Ao mesmo tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um breve momento, talvez para permitir que a pessoa considere a possibilidade de, em vez de agir, fugir e se esconder. Os circuitos, nos centros emocionais do cérebro, disparam uma torrente de hormônios que colocam o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir. A atenção se fixa na ameaça imediata, para melhor calcular a resposta a ser dada”.
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, 25% da população mundial está sujeita a sofrer, pelo menos uma vez na vida, um súbito ataque de pânico provocado por uma fobia específica. O medo é uma patologia que precisa ser tratada profissionalmente. A psicologia apresenta uma lista com diversos tipos de medos. Destaco os dez mais frequentes:
- Acluofobia – Medo da escuridão
- Acrofobia – Medo de altura
- Aerodromofobia – Medo de viagens aéreas
- Catagelofobia – Medo de fracassar
- Demofobia – Medo de multidões
- Humilhofobia – Medo de ser humilhado
- Catsaridafobia – Medo de baratas
- Odontofobia – Medo de dentista
- Espectrofobia – Medo de fantasmas
- Farmacofobia – Medo de tomar medicamentos
Caso você sinta algum tipo de medo não se desespere porque a cura pode ser mais simples do que você imagina e a hipnose clínica pode te ajudar.
A chave das fobias pode estar na infância
A grande maioria das fobias foram originadas na infância porque as crianças são facilmente influenciadas pelo comportamento de seus pais, mas outra grande fonte dos medos são os eventos traumáticos e a vivência de situações estressantes como acidentes de carro, assaltos, morte de ente querido. Esses eventos podem fazer com que o indivíduo tenha uma visão perturbada da realidade o que acaba originando os medos. Com poucas sessões de hipnose é possível acessar essas memórias e dar uma nova versão para as representações das realidades vividas. Durante a consulta o profissional usa técnicas específicas para levar o paciente ao estado de transe (alteração do estado de consciência) quando se torna mais sugestionável e aberto às influências externas. Com sugestões feitas ao paciente, neste momento, é possível fazer a reeducação das memórias. O terapeuta pede que ele “volte” até o momento em que o medo foi registrado pela primeira vez. Mostra que suas reações foram exageradas e, hoje, não fazem mais sentido. Depois da sessão o novo aprendizado passará a integrar a vida do paciente excluindo as reações exageradas criadas no momento do trauma. O tempo de cura das fobias varia de caso para caso, mas pode ser alcançada em uma única sessão dependendo do grau de entrega e relaxamento do paciente.
Para vivenciar uma sessão de hipnoterapia, o paciente precisa estar disposto e aberto para receber os benefícios da técnica. Não há restrições.
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Psicóloga clínica e hipnoterapeuta especialista em terapia cognitivo comportamental e psicoterapia sexual. Especializada em medicina comportamental, orientadora sexual, psicoterapeuta de casais, professora convidada em cursos de especialização, presidente do CEPCoS, membro associado da SBRASH, membro associado da ABPMC, sexóloga do Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Palestrante em cursos de aperfeiçoamento e especialização, workshops, congressos e jornadas. Acompanhamento de profissionais em início de carreira. CONTATO: vmbressani@gmail.com
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