A hipnose clínica é uma técnica terapêutica complementar que contribui na cura de doenças e problemas afetivo/emocionais. Quando praticada por profissionais especializados alcança resultados significativos em um período de tempo menor se comparada às formas tradicionais de tratamento.
A prática pode ser aplicada em diversas áreas de saúde somática e mental promovendo um estado modificado de consciência do indivíduo detectando causas e tratando problemas que afetam negativamente a vida do paciente.
Desde a década de 90 o Conselho Federal de Medicina e a Organização Mundial de Saúde -OMS recomendam o uso da hipnose clínica como coadjuvante no tratamento de uma grande variedade de doenças físicas e psicossomáticas, apoio ao tratamento médico de diversas doenças e distúrbios como anorexia, ansiedade, fobias, depressão e dependência química e distúrbios sexuais, entre outros.
Derrubando o mito
Um dos maiores mitos da hipnose é a crença de que o hipnotizador tem total poder sobre o hipnotizado. Isso não acontece porque a técnica consiste em levar a pessoa a atingir um estado alterado de consciência, e na maioria das vezes necessita da participação ativa do paciente durante o processo para que, ao final, se trabalhe as descobertas e emoções envolvidas.
DESTAQUE: A hipnose moderna confirma, por meio de inúmeros estudos e pesquisas, que atingir o estado profundo de transe é somente uma das muitas fenomenologias.
Como funciona
A hipnose clínica acessa as lembranças do indivíduo, por meio de suas memórias, até encontrar a raiz do problema, ou seja, a primeira vez que o fato aconteceu. A partir disso trata e ressignifica a lembrança.
Por meio de comandos dados pelo hipnoterapeuta, o paciente atinge um estado modificado de consciência, relaxado, porém lúcido, com atenção focada no objetivo que o trouxe à terapia. Durante esse relaxamento o paciente pode verbalizar suas emoções ao profissional, que o conduz à “viagem” das descobertas necessárias ao tratamento. Isento de critica ou juízo, permanece em equilíbrio com o ambiente, com o tempo e o espaço, o que torna o processo muito mais rápido, intenso e menos desgastante.
Durante a sessão acontecem importantes reações cerebrais como aumento da produção de neurotransmissores como a serotonina liberando estímulos de bem-estar no organismo, excelente aliada no tratamento da depressão, por exemplo. Há, também, a liberação da noradrenalina – precursora da adrenalina -, ajudando a fortalecer o sistema imunológico do paciente.
Vale lembrar que os hipnoterapeutas realizam anamnese anterior a técnica, para elaborar hipótese diagnóstica, confirmada por médicos parceiros.
Psicóloga clínica e hipnoterapeuta especialista em terapia cognitivo comportamental e psicoterapia sexual. Especializada em medicina comportamental, orientadora sexual, psicoterapeuta de casais, professora convidada em cursos de especialização, presidente do CEPCoS, membro associado da SBRASH, membro associado da ABPMC, sexóloga do Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Palestrante em cursos de aperfeiçoamento e especialização, workshops, congressos e jornadas. Acompanhamento de profissionais em início de carreira. CONTATO: vmbressani@gmail.com